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Nossa Co(m)luna
Com Ricardo "Mouse"

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O Timberwolves e o draft – Parte I

1989 – 1994: O Período Pré-KGniano.

Zdravstvuy Camaradas! 

 

No primeiro post da NOSSA co(m)luma começamos uma série falando um pouco do relacionamento entre o Minnesota Timberwolves e o draft. A ideia é passarmos por todos os jogadores draftados e trocados na noite do draft por essa franquia miserável e no final tentar entender porque a franquia fracassa tanto em selecionar jovens jogadores.

 

Os jogadores selecionados serão classificados em 6 categorias:

 

Wes Johnson: Jogador draftado na loteria que não virou nada ou virou um journeyman na liga, o famoso bust.

 

Bojan Dubljieviç: Não sabe quem é? Tudo bem, nós também não. Categoria do jogador draftado fora da loteria que não virou nada ou nem pisou na liga, o famoso sérvio de 20 anos draftado no final da segunda rodada.

 

Gorgui Dieng: Jogador que você não lembra que foi draftado, joga várias temporadas na liga, desaparece e você não sabe se ele foi uma realidade ou só um delírio coletivo.

 

Andrew Wiggins: Todo torcedor do Timberwolves sabe que o Wiggins é pick do Cavs, mas como a bomba explodiu com a gente essa é a categoria daquele jogador que é útil de vez em quando e vai ter vida longa na liga, o famoso role-player.

 

Kevin Love: Saudades, já não sei se é a palavra certa para usar, o famoso all-star que foi embora.

 

Kevin Garnett: Se você não entendeu, feche o blog e vá jogar LoL.

 

Começaremos pelo começo e vamos passear pelos drafts de 1989 até 1994, o período pré-messiânico.

 

1989: A primeira vez a gente nunca esquece!

 

Jogador: Pooh Richadson

Pick: 10

Posição: PG

Categoria: Andrew Wiggins

Comentários: Primeira escolha da história da franquia Richardson teve uma carreira de 10 anos na liga, três deles em Minnesota. Richardson foi um dos rostos da franquia enquanto esteve por lá, em geral liderando times horrendos. No seu tempo em Minnesota, Richardson manteve médias de 15 pontos e 8 assistências. No final foi trocado junto com Sam Mitchell (lembra dele?) para o Pacers.

 

Jogador: Gary Leonard

Pick: 34

Posição: C

Categoria: Bojan Dubljieviç

Comentários: Só não.

 

Jogador: Doug West

Pick: 38

Posição: SG

Categoria: Andrew Wiggins

Comentários: Para uma escolha de segunda rodada Doug West teve uma belíssima carreira, apesar de ter desperdiçado boa parte dela em Minnesota (9 temporadas). West foi um dos rostos da franquia no período pré-KGniano, tempos obscuros de fracassos seguidos.

 

Análise do Draft: Para o primeiro draft da história até que o Timberwolves não foi mal, terminando a noite com dois role-players que seriam o rosto da franquia nos seus primeiros anos. Porém ao draftar o armador Pooh Richardson a equipe deixou passar Tim Hardaway (pick 14), Dana Barros (pick 16) e BJ. Armstrong (pick18), todos armadores que tiveram carreiras melhores que Richardson.  Como não poderia faltar, deixamos alguns Hall of Famers passarem também, Shawn Kemp (pick 17), Vlad Divac (26) e Dino Rada (pick 40).

 

1990: Uns caras nada a ver 

 

Jogador: Felton Spencer

Pick: 6

Posição: C

Categoria: Wes Johnson

Comentários: O primeiro bust a gente nunca esquece. Depois de uma temporada horrorosa, o Timberwolves teve a sexta escolha no draft e não teve dúvidas, escolheu o pivô Felton Spencer. O jogador até teve uma temporada de calouro decente, angariando médias de mais de 7 pontos e mais de 7 rebotes por jogo, além de marcar o recorde de tocos da franquia em uma mesma temporada, 121, esse recorde duraria até a temporada de calouro de Kevin Garnett. Mas então por que Spencer é bust? Acontece que a sua temporada de calouro foi a melhor com a camisa do Wolves, depois de três temporadas ele foi trocado por uma bala Juquinha para o Jazz.

 

Jogador: Gerald Glass

Pick: 20

Posição: SF

Categoria: Gorgui Dieng

Comentários: Pick original do Sixers que veio na troca pelo então veterano Ricky Mahorn, que por sua vez foi pego do Pistons no draft de expansão.

 Apesar da força nominal, GG ou Mr. Glass, não colaborou muito com a franquia nas três temporadas que esteve por lá. Foi trocado para o Pistons por nada mais dois jogadores ruins.

 

Análise do Draft: O draft de 1990 foi, em geral, fraco, talvez os nomes mais conhecidos sejam Gary Payton (pick 2) e Toni Kukoc (pick 29), se você for um fã um pouco mais hard-core e velho talvez se lembre de Derrick Coleman (pick 1), Mahmoud Abdul-Rauf (pick 3) e Cedric Ceballos (pick 48), mas num draft fraco o Wolves parecia ter se dado bem com um pivô promissor, pena que a esperança não durou muito.

 

1991: Draftamos o pivô do time histórico, do Bulls histórico.

 

Jogador: Luc Longley

Pick: 7

Posição: C

Categoria: Wes Johnson

Comentários: Sim eu sei que o Longley foi 3 vezes campeão com o Bulls, sim eu sei que naquele time ele era muito importante, sim eu sei que ele foi titular no time dos 72-10. Ele fez tudo isso num time do Bulls que precisava exatamente do jogo medíocre dele. Mais um dos muitos que não fez nada com o camisa do Wolves e duas temporadas e meia depois ele já tinha sido trocado por nada. Repararam que o Wolves draftou dois pivôs em drafts seguidos em posições altas e que Longley foi draftado depois de uma temporada promissora do Felton? Simplesmente Minnesota Timberwolves.

 

Jogador: Myron Brown

Pick: 34

Posição: PG

Categoria: Bojan Dubljieviç

Comentários: Nope.

 

Análise do Draft: 1991 foi um draft interessante na parte de cima do board, Larry Johnson (pick 1), Kenny Anderson (pick 2), Dikembe Mutombo (pick 4)  e Steve Smith (pick 5) todos tiveram carreiras de destaque na liga. Para o Wolves sobrou draftar o pivô titular do time histórico do Bulls, sem mais comentários.

 

1992: O falso Messias aparece

 

Jogador: Christian Laettner

Pick: 3

Posição: PF

Categoria: Andrew Wiggins

Comentários: O primeiro candidato a Messias da história do Timberwolves, Christian Laettner parecia ter caído do céu bem no colo do Wolves na pick 3 do draft de 1992. Antes mesmo de estrear na NBA, Laettner já tinha um currículo invejável. O rapaz foi bicampeão do torneio da NCAA, vencedor de quase todos os prêmios existentes no basquete universitário e participante do Dream Team de 1992. Laettner é até hoje uma das lendas do basquete universitário, com uma das carreiras mais vitoriosas da história, o astro universitário ainda teve sua camisa aposentada pelo Duke Blue Devils, um dos programas de basquete mais tradicionais do país. Além de tudo isso, Laettner é membro de alguns Hall da fama diferentes, o Naismith Memorial Basketball Hall of Fame (o mais famoso deles), o US Olympic Hall of Fame e o FIBA Hall of Fame, como participante do Dream Team, e do College Basketball Hall of Fame, por sua carreira universitária. Não tinha como dar errado, certo? Errado!! Christian Laettner simplesmente nunca virou o jogador profissional que se esperava dele, não que sua carreira tenha sido ruim, longe disso, ele entrou para o All-Rookie team no seu ano de estreia na liga e ainda participou de um All-Star game enquanto jogador do Atlanta Hawks. Pelo Timberwolves, Laettner jogou apenas 3 temporadas e meia de pouquíssimas vitórias até ser trocado para o Atlanta Hawks onde viveu seus melhores anos na liga. Apenas um desperdício.

 

Jogador: Marlon Maxey

Pick: 28

Posição: PF

Categoria: Bojan Dubljieviç

Comentários: Maxey durou apenas duas temporadas na NBA e nunca mostrou nada que pudesse mudar essa situação.

 

Jogador: Chris Smith

Pick: 34

Posição: PG

Categoria: Bojan Dubljieviç

Comentários: Mas uma escolha de segunda rodada que nunca virou nada. Escolha originalmente do Bucks que veio via troca, Smith jogou apenas 3 temporadas na NBA, todas pelo Timberwolves, sendo inclusive titular em algumas partidas, o que diz mais sobre a qualidade do time do que a do armador.

 

Jogador: Tim Burroughs

Pick: 51

Posição: PF

Categoria: Bojan Dubljieviç

Comentários: Terceiro ala-pivô escolhido no mesmo draft, esse campeão aqui nunca nem pisou numa quadra da NBA.

 

Análise do Draft: Apensar de Christian Laettner nunca ter virado o que se esperava dele, não dá pra culpar o Timberwolves pela escolha, o rapaz era um prospecto bom demais pra deixar passar. As outras escolhas não valem uma nota de rodapé. Porém, o draft de 1992 impactaria a história do Timberwolves anos depois, vários jogadores dessa classe marcaram seu nome na história da franquia ou se tornaram ídolos cult da torcida. O pivô Tom Gugliotta foi escolhido pelo falecido Washington Bullets na sexta posição e viveu seus melhores anos formando dupla de garrafão com o Messias, o verdadeiro, Kevin Garnett. Malik Sealy foi a décima quarta escolha do draft pelo Indiana Pacers e atuou no Wolves antes de falecer tragicamente em um acidente de carro, até hoje a camisa 2 de Sealy é a única aposentada pela franquia de Minnesota. O journeyman Anthony Peeler foi draftado uma posição depois de Sealy pelo Los Angeles Lakers, Peeler também participou dos bons times do Timberwolves no início dos anos 2000. Por fim, Latrell Sprewell foi draftado na posição 24 pelo Golden State Warriors, mais de uma década depois Sprewell formaria o Big-Three (?) de Minnesota com Sam Cassell e Kevin Garnett que chegaria na final da Conferência Oeste em 2004.

 

1993: Já é que pra ser ruim, que seja pelos divertido

 

Jogador: Isaiah Rider

Pick: 5

Posição: SG

Categoria: Andrew Wiggins

Comentários: Mais uma campanha ruim e mais uma pick alta para o Timberwolves, dessa vez bem utilizada no ídolo cult Isaiah Rider. Se por um lado o jogador não trouxe vitórias para a franquia, pelo menos ele trouxe entretenimento. Na noite  draft Rider previu que ele seria campeão do torneio de enterradas e na sua segunda temporada na liga ele cumpriu sua profecia e ainda nomeou a enterrada que lhe deu o título “The East Bay Funk Dunk”, tínhamos então o nosso próprio Walter Mercado. Além disso o rapaz é dono do arremesso de três mais aleatório da história, Rider perde o controle da bola que vai saindo pela lateral, é então que o jogador se atira em direção a bola e de costas para cesta e com apenas uma mão ele acerta o arremesso mais sem querer já visto. Quem é Curry? Infelizmente, o showman Rider não durou muito em Minnesota (mais um), mal comportamento fora de quadra e a queda no seu rendimento dentro dela fez com que o Wolves trocasse o jogador com o Blazzers apenas 3 temporadas após escolhê-lo.

 

Jogador: Sherron Mills

Pick: 29

Posição: PF/C

Categoria: Bojan Dubljieviç

Comentários: Hãn? Hein? Quem?

 

Análise do Draft: Mais um draft bem fraco do nosso Timberwolves, o camarada Isiah Rider era divertido e tudo, mas foi mais uma escolha alta de primeira rodada que após 3 temporadas estava de malas prontas para outra franquia. Talvez o único destaque positivo do draft para o Wolves tenha sido a escolha 24, com o qual o Houston Rockets selecionou Sam Cassell, que mais tarde viria a ser um dos destaques da nossa franquia.

 

1994: É bust que chama?

 

Jogador: Donyell Marshall

Pick: 4

Posição: SF

Categoria: Qualquer coisa entre Wes Johnson, Gorgui Dieng e Andrew Wiggins

Comentários: Dos 5 jogadores escolhidos nas primeiras posições do draft de 1994 apenas um nunca foi convocado para pelo menos um All-Star game, alguém adivinha quem fez a escolha? Com a quarta escolha do draft de 1994, o Minnesota Timberwolves seleciona, Donyell Marshall, ala, Uconn.  Marshall até teve uma carreira longa na NBA com algum destaque na sua passagem pelo Golden State Warriors. Ops, esqueci de comentar, o Wolves trocou Marshall em sua temporada de calouro, após 40 jogos, SIM QUARENTA JOGOS (!!!) , pelo pivô Tom Gugliotta. No fim a troca foi boa para o Timberwolves, mas trocar uma quarta escolha de draft após 40 jogos é muito amadorismo.

 

Jogador: Howard Eisley

Pick: 30

Posição: PG

Categoria: Gorgui Dieng

Comentários: Mais uma escolha de segunda rodada jogada fora, Eisley jogou apenas 34 partidas pelo Timberwolves antes de ser liberado pela franquia. No fim das contas, Eisley acabou jogando 12 temporadas na NBA por 8 times diferentes, quase sempre como backup.

 

Análise do Draft: O draft de 1994 é um dos piores da história do Timberwolves, somados os dois calouros da franquia jogaram apenas 74 jogos com a camisa do Wolves. A melhor coisa que saiu do draft foi a troca que trouxe Gugliotta para Minnesota. Uma curiosidade inusitada, em 1994 o Timberwolves assinou com o jogador não-draftado Askia Jones, a carreira do rapaz durou apenas 11 jogos na NBA. Cinco anos depois de deixar a NBA, Jones foi jogar no Flamengo, enfim gente como a gente.

 

Bom camaradas, sobrevivemos aos primeiros cinco drafts da franquia, até aqui não tem nada de bom, bust atrás de bust e alguns ídolos cults espalhados pelo meio, mas não se preocupem, o draft de 1995 vem aí e parece que tem um magrelo do Ensino Médio com uns parafusos a menos promissor.

Ricardo Mouse

o comunista que respira gás hélio!

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